«Preciso de um coração ardente de ternura
«Que me dê a sua força sem reserva
«Que ame tudo em mim, mesmo a minha fraqueza…
«Que nunca me abandone de noite nem de dia.»
Não pude encontrar nenhuma criatura
Que sempre me amasse, sem nunca morrer
Preciso de um Deus que se revista da mesma natureza
Que se torne meu irmão e possa sofrer!» (P 23, 4).

«Lembra-Te de que os braços de Maria
Preferiste ao teu trono real
Doce Menino, para alimentar a tua vida
Só tinhas o leite virginal
A este festim de amor que Te dá a tua Mãe
Oh! digna-Te convidar-me, Jesus meu Irmãozinho.
De que a tua irmãzita
Fez palpitar o teu coração
Lembra-Te!…» (P 24, 4).

«Lembra-Te de que em outras paragens
Os astros de ouro e a lua de prata
Que eu contemplo no azul sem nuvens
Alegraram, encantaram os teus olhos de Menino.
Com a tua mãozinha que acariciava Maria
Sustinhas o mundo e davas-lhe a vida.
E pensavas em mim,
Jesus, meu pequeno Rei
Lembra-Te…» (P 24, 6).

«Lembra-Te de que a tua divina Mãe
Tem sobre o teu Coração um poder maravilhoso
Lembra-Te de que um dia a seu pedido
Mudaste a água em vinho delicioso
Digna-Te transformar também as minhas obras imperfeitas
À voz de Maria, Senhor, torna-as perfeitas
De que sou sua filha
Ó Jesus! muitas vezes
Lembra-Te» (P 24, 13).

«Lembra-Te de que estrangeiro na terra,
Viveste errante, Tu o Verbo Eterno,
Nada tinhas… não, nem mesmo uma pedra
Nem um abrigo, como as aves do céu…
Ó Jesus! vem a mim, vem repousar a tua Cabeça,
Vem, a minha alma está preparada para receber-Te
Meu Bem-amado Salvador
Repousa no meu coração
Ele é teu…» (P 24, 8).

«O seu império é o Céu, a sua natureza é divina;
Para Mãe Ele escolheu a Virgem Imaculada,
O seu Pai é o verdadeiro Deus que não tem origem,
É um puro Espírito…» (P 26, 5).

«Sei que os meus suspiros e as minhas lágrimas
São aos teus olhos resplandecentes de encanto.
Os serafins no Céu formam a tua corte
E no entanto, mendigas o meu amor!…
Queres o meu coração, Jesus, eu dou-to
Todos os meus desejos, entrego-tos
E aqueles que amo, meu Esposo, meu Rei
Já não quero amá-los senão por Ti» (P 36, 5).

«Oh! amo-te, Maria, quando te dizes a serva
Do Deus que tu deslumbras com a tua humildade
Esta virtude oculta torna-te omnipotente
Atrai ao teu coração a Santíssima Trindade
Então o Espírito de Amor cobrindo-te com a sua sombra
O Filho igual ao Pai em ti encarnou…
Grande será o número dos seus irmãos pecadores
Já que se lhe há-de chamar: Jesus, o teu primogénito!…» (P 54, 4).

«Quando vejo o Eterno envolvido em paninhos
Quando do Verbo divino oiço o débil vagido,
Ó minha Mãe querida, já não invejo os anjos
Pois o seu Poderoso Senhor é o meu Irmão querido!…» (P 54, 10).

«Os puríssimos braços da tua Mãe querida
Formam para Ti um berço, trono real
O teu doce sol, é o seio de Maria
E o teu Orvalho, o Leite Virginal!…» (P 1, 3).

«Sim, ei-l’O, o Verbo feito Hóstia,
Sacerdote Eterno, Cordeiro sacerdotal,
O Filho de Deus, é o Filho de Maria,
O pão do Anjo é o Leite Virginal» (P 1, 5).

«Meu Bem-amado, meu Divino Irmãozinho
No teu olhar vejo todo o futuro
Cedo por mim deixarás a tua Mãe
O Amor já Te impele a sofrer» (P 1, 4).

«Meu doce Jesus, no regaço da tua Mãe
Apareces-me, envolto em luz de Amor.
O Amor, eis o inefável mistério
Que te exilou da Celeste Morada…» (P 1, 1).

Santa Teresinha do Menino Jesus