a) Alimenta a tua alma com as grandes verdades da fé

Isabel bebia abundantemente a água viva que a fé em Jesus lhe oferecia. Ela escutava avidamente tudo o que se dizia de Deus na liturgia e nesta ou naquela conferência. Mas, o seu alimento era a própria fonte da fé: o Novo Testamento.

À sua amiga – e a todos nós – aconselhava: “Alimenta a tua alma com as verdades da fé, que lhe revelam a sua imensa riqueza e o fim para o qual Deus a criou”. “Deixa que a tua alma vibre ao sopro da graça que essas verdades de fé vão produzir nela”…

 

b) Pega o Crucifixo, olha e escuta

O interesse pelas verdades de fé tem de ser acompanhado pela atenção amorosa à presença do Deus que se faz presente.

Temos de “avivar a nossa fé”, “tomar consciência” da Sua Presença. “Entender o quanto nos ama” esse “Amigo de todas as horas”. É muito simples: “Basta deixar falar o coração”.

Para orar não são necessários livros eruditos: “Pega no Crucifixo, olha e escuta”.

A “ alma de Cristo” é o seu livro preferido. Nela são lhe revelados todos os segredos do Pai.

 

c) Constrói uma “celita” na tua alma

Conhecendo bem o coração humano e como com frequência o ser humano esquece a Deus, Isabel insiste em que se multipliquem os encontros gratuitos e amorosos com o Senhor. Que nos voltemos uma e outra vez para Deus, muitas vezes ao longo do dia, até que vivamos unidos a Ele de manhã à noite e da noite até à manhã.

À sua amiga – tal como a nós – escreverá: “Tens de construir para ti, assim como eu, uma celita dentro da tua alma. Depois pensa que Deus está aí e entra nela de tanto em tanto. Quando te sentes nervosa e desditada, mete-te lá dentro e conta tudo ao Mestre… Se soubesses o bem que nos compreende… Se compreendesses isto, já não sofrerias mais”.

 

d) Pensa nesse Deus que habita em ti

«Vou confiar-lhe o meu “segredo”: Pense nesse Deus que habita em si e de que é templo. Pouco a pouco a alma acostumar-se-á a viver na sua doce companhia e compreende que tem em si um pequeno céu onde o Deus Amor mora… Não me diga que isto não é para si porque é demasiado miserável. Pelo contrário isso é mais uma razão para se aproximar do Salvador.»

 

e) Procura a Deus em todas as circunstâncias

A Presença de Deus apresenta-se aos seus olhos em todas as coisas. “Cada episódio, cada acontecimento, cada sofrimento e cada alegria é um sacramento que Deus lhe oferece”.

Mas o lugar privilegiado para o encontro com Deus é a Eucaristia: “Creio que nada expressa melhor o Amor que há no Coração de Deus que a Eucaristia.”

Todas as suas energias estão canalizadas para a vivência do mistério da inhabitação do Deus – Trindade. “O dia em que compreendi isto, tudo se iluminou no meu interior e queria contar muito baixinho este segredo a todos os que amo para que também eles se unam a Deus”. “A Trindade é a nossa morada, o nosso lar, a casa paterna de onde nunca devemos sair”.

“Em todo o momento, de dia e de noite, as três divinas Pessoas moram em ti… já nunca estamos sozinhos!… Pensa que estás com Ele e trata – O como alguém a quem se ama”.

 

f) A Intimidade com Ele é o “Sol que ilumina a vida”

Para não nos centrarmos em nós mesmos, Isabel aconselha a “guardar as nossas forças para Deus” e isto “consiste em alcançar a unidade em todo o nosso ser mediante o silêncio interior…” Uma alma que vive pendente da sua sensibilidade não está totalmente orientada para Deus.

“Faço-te uma confidência: Esta intimidade com Ele “no interior” foi o formoso Sol que iluminou a minha vida convertendo-a num céu antecipado. E isso é o que hoje me sustém no meio dos sofrimentos. Não tenho medo da minha debilidade…, porque o Deus forte está em mim”.

                                                                                                                         

Isabel da Trindade  

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