«Mosteiros pobres, com reduzido número de religiosas, mas onde se procurava viver com entusiasmo e alegria a vida consagrada em toda a sua exigência e beleza espiritual. A vida de uma carmelita deve repartir-se entre a oração, a penitência e o trabalho. Se as portas do convento estão fechadas pela clausura e pelo silêncio, o coração da carmelita está aberto a todas as necessidades da Igreja e do mundo.»
D. Manuel de Almeida Trindade
«O Carmelo está vocacionado para ser um sinal vivo do essencial evangélico e para ser, por isso mesmo, um apelo e um estímulo aos valores fundamentais. A contemplação, atitude central de uma religiosa carmelita, não é um privilégio dela. A contemplação é vocação comum de todos os filhos de Deus. Sem a dimensão contemplativa a Igreja de Cristo perderá a sua identidade. Esta é uma profunda convicção que nos anima e que o Carmelo de Cristo Redentor diariamente fiel à sua missão eclesial no seio da nossa Igreja Diocesana, vai alimentar e reforçar sempre mais.
O convento, mais acessível e mais próximo de todos, será um convite à oração, ao silêncio, à contemplação, ao desenvolvimento da interioridade, à experiência da riqueza da gratuidade na nossa vida. Iremos lá para crescermos na vontade e na decisão de edificarmos e de desenvolvermos, em nós e nas nossas comunidades, a dimensão espiritual, orante e contemplativa.
Mas o Carmelo não é a casa ou o convento. A alma da casa é a presença viva de Deus na comunidade das Irmãs, que, acolhem, permanentemente, o dom da vocação, que só Deus lhes podia dar, e dele fazem dom generoso e incondicional para todos… Quantos segredos de graça, luzes do Espírito a favor de tantos filhos de Deus, encerram as paredes desta casa e o coração das Irmãs que nela habitam!…»
D. António Baltasar Marcelino
«Hoje, (9 de Dezembro 2007), estamos aqui para louvar a vossa presença, para dar graças a Deus por este oásis de vida espiritual na nossa Diocese. Ao anunciar-vos a ideia de que este seja um Ano Jubilar, eu imploro de Deus bênçãos e graças para este Carmelo e, através deste Carmelo, para toda a Igreja diocesana. Peçamos ao Senhor essas bênçãos e essas graças! Ao mesmo tempo, peço à Igreja diocesana, que faça peregrinação, que abra caminhos e percursos, que a conduzam a este Carmelo; e peço-vos a vós, Irmãs Carmelitas, que nos ajudeis a perceber melhor a presença de Deus no meio de nós, a procurá-l’O, a senti-l’O próximo, a deixarmo-nos modelar pela vontade d’ Ele.
Que este Ano Jubilar seja uma bênção para toda a Diocese, que construamos esta Igreja de comunhão. As Irmãs Carmelitas ajudam-nos no silêncio e na solidão a perceber o que o Santo Padre Bento XVI nos pede, convosco irmãos, nesta eclesiologia de comunhão percebamos todos a importância da nossa corresponsabilidade. A presença de todos faz-nos perceber a beleza da Igreja diocesana. Que Deus a todos abençoe!»
D. António Francisco dos Santos